A IMPORTANCIA DO ATO DE LER
O livro “a importância do ato de ler” de Paulo Freire,relata os aspectos da biblioteca popular e a relação com a alfabetização de adultos desenvolvida na republica Democrática de São Tomé e Príncipe.
Ao mesmo tempo, nos esclarece que a leitura da palavra é precedida da leitura do mundo e também enfatiza a importância critica da leitura na alfabetização,colocando o papel do educador dentro de uma educação,onde o seu fazer deve ser vivenciado,dentro de uma pratica concreta de libertação e construção da historia ,inserindo o alfabetizando num processo criador,de que ele é também um sujeito.
Segundo Paulo Freire a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra. O ato de ler veio dando na sua experiência existencial.Primeiro, a leitura do mundo pequeno mundo em que se movia; depois a leitura da palavra que nem sempre, ao longo da sua escolarização, foi leitura da palavra mundo. Na verdade, aquele mundo especial se dava a ele como o mundo de sua atividade perspectiva, por isso, mesmo como o mundo de suas primeiras leituras.
Os textos, as palavras, as letras daquele contexto em cuja percepção experimentava e quando mais fazia,mais aumentava a capacidade de perceber se encarnavam numa serie de coisa de objetos, de sinais, cuja compreensão ia aprendendo no seu trato com eles,na sua relação com os seus irmãos mais velhos e com os seus pais.
Pode-se dizer que a alfabetização funcional tem por objetivo proporcionar condições efetivas para que os indivíduos possam enfrentar com competência satisfatória as diversas situações que o mundo lhe propõe.Diante das questões do mundo físico, moral, afetivo, intelectual e social do individuo, o recurso ao texto escrito aparece como uma opção eficaz para a busca das respostas.
A leitura do seu mundo foi sempre fundamental para a compreensão da importância do ato de ler,de escreve-lo ,e transforma-lo através de uma pratica consciente.
A alfabetização funcional se associa à idéia de educação permanente, com uma ênfase marcante nas questões da etapa da pós- alfabetização ,entendida como etapa de consolidação da habilidade adquirida na fase da alfabetização,através da aplicação dessa habilidade.
Esse movimento dinâmico é um dos aspectos centrais do processo de alfabetização que deveriam vir do universo vocabular dos grupos populares, expressando a sua real linguagem,carregadas as significação de sua experiência existencial e não experiência do educador.
A escrita é considerada um marco de passagem da pré – historia para a historia. È principalmente a partir do registro escrito que se recompõe a forma de vida de um povo em uma determinada época.
A alfabetização é a criação ou a montagem da expressão escrita da expressão oral. Assim as palavras do povo, vinham através da leitura do mundo. Depois voltavam a eles, inseridas no que se chamou de codificações ,que são representações da realidade. No fundo esse conjunto de representações de situações concreta possibilitava aos grupos populares uma leitura da leitura anterior do mundo antes da leitura da palavra.O ato de ler implica na percepção critica, interpretação e re-escrita do lido.
Mais uma vez a escola – e a pedagogia – deve repensar as suas praticas,tendo por horizonte um povo país que se descortina e por referencial as novas descoberta as investigações na área da leitura e escrita.
Patrimônio das antigas sociedades tradicionais e autoritárias, a pedagogia parece carregar, ainda hoje, o signo da imposição, pois vem sempre associada a sistemas fechados, conceitos rígidos ,modelos prontos e formulas acabadas.
São todos representantes de uma corrente histórica da alfabetização escolar que acabaram por definir os princípios metodológicos básicos da aprendizagem da leitura e escrita, tal como foi concebida pela escola.
Para Freire falar de alfabetização de adulto e de biblioteca populares é falar,entre muito outros,do problema da leitura e da escrita. Não da leitura de palavra e de sua escrita em si próprias ,como se lê-las e escreve-las, não implicasse uma outra leitura da realidade mesma,para aclarar o que chama de pratica e compreensão e re-escrita do lido.
Uma característica marcante dessas novas idéia é que,tal como ocorre na aprendizagem da fala , a leitura também parece ser uma apropriação pessoal decorrente da vivência de situações diversificadas de uso da escrita:é nos encontros funcionais promovidos pelo meio ambiente em que vive que a criança inicia progressivamente a construção da sua maneira de ser leitor, processo que teve seu inicio bem antes de sua chegada à escola.
Do ponto de vista critico é tão possível negar a natureza política do processo educativo quanto negar o caráter educativo e político.Quanto mais ganhamos esta clareza através da pratica, mais percebemos a impossibilidade de separar a educação da política e do poder.
Nesse sentindo,o processo de alfabetização escolar coloca o numero significativo de crianças em desvantagem em relação a outras ,que já desenvolveram concepções mais elaboradas sobre a escrita.
A relação entre a educação enquanto subsistema e o sistema maior são relação dinâmica contraditória. As contradições que caracterizam a sociedade como esta sendo, penetram a intimidade das instituições pedagógica em que a educação sistemática se esta dando e alterando o seu papel ou seu esforço reprodutor da ideologia dominante.
O que devemos fazer então enquanto educadoras ou educadores, é aclara assumindo a nossa opção que é política, e ser coerentes com ela na pratica.
Só os educadores autoritários negam a solidariedade entre o ato de educar e o ato e ser educado pelos os educandos.
Uma visão da educação é na intimidade das consciências, movida pela bondade dos corações,que o mundo se refaz. É já que a educação modela as almas e recria corações ela é alavanca das mudanças sociais.
Todo esforço que vem sendo feito em São Tomé e Príncipe na pratica da alfabetização de adultos como na da pós-alfabetização se orienta neste sentido.Os caderno de cultura popular vem sendo usados pelos educandos como livros básicos,com exercício chamados Praticar para o Aprender.A linguagem dos textos é desafiadora e não sloganizado . O que se quer é a participação efetiva do povo enquanto sujeito na reconstrução do país , a serviço de que a alfabetização e a pós- alfabetização se acham. Por isso mesmo o caderno não são nem poderiam ser livros neutros ,é a participação critica e democrática dos educandos no ato de conhecimento de que são também sujeitos. É a participação do povo no processo de reinvenção de sua sociedade,no caso a sociedade são tomense, recém - independente do jugo colonial,que há tanto tempo a submetia.
Compreendi com a leitura do livro nos educadores para melhorar a nossa pratica devemos começar a avalizar que a importância do ato de ler, não esta na compreensão errônea de que ler é estudar a bibliografias,sem realmente serem lida ou estuda. Devemos sempre ir a busca de novas técnicas, para que favoreçam mudança na pratica de ensino.


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