Tia Mila

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Sao Joao Do Sul , SC, Brazil
A Tia Mila iniciou em uma garagem de minha casa, mas devidos a circunstâncias pessoais foram interrompidas as atividades, durante dez anos. Mas a vontade de incentivar a leitura é tão grande, que estou retornado as atividades online, até que eu possa novamente levar aos espaços físicos.

1 de nov. de 2008

Pedagogia da Roda

A ORAÇÃO DA ESCOLA

Educação Canal de Transformação

Conselhos de um velho apaixonado

13 conselhos para a vida

Oração do amigo- Gabriel Chalita

Gabriel Chalita

Mundo, Educação e Liberdade

Educação e Vida

Pedagogia do Amor - Roberto Carlos Ramos

Ser pedagogo...

Rubem Alves-Sempre um papo-parte 1

Ruben Alves no Sempre um Papo

Rubens Alves

Rubens Alves

Educar é Construir Pontes

educar é ensiar criar

10 de out. de 2008

Outras Etnias

Outras Etnias

A Região Sul teve sua formação étnica complementada por uma infinidade de outras raças, que embora em proporções bem mais reduzidas que os portugueses, alemães e italianos, contribuíram a seu modo para a consolidação do espírito progressista que hoje caracteriza os três estados sulinos.



Tradicional dança polonesa em Criciúma, SC. - Foto: Catarina Rüdiger
Os poloneses formam o grupo mais numeroso de imigrantes do Paraná. Eles começaram a chegar em 1871, distribuindo-se principalmente pelos arredores de Curitiba e pelo centro-sul do estado, formando colônias em Mallet, Cruz Machado, São Matheus do Sul, Irati e União da Vitória.


Crianças do grupo ucraniano Soloveiko,
em Prudentópolis, SC,
apresentando-se com suas bandurras,
instrumento de 55 cordas e som suave.
Foto: Rogério Monteiro
Embora também sejam eslavos, os ucranianos (ver quadro abaixo) diferenciam-se dos poloneses pela língua, costumes e origem histórica. Povo agrícola, começaram a chegar em 1891, trazendo o estilo bizantino de suas igrejas, seus trajes bordados, comidas e danças típicas. Em Santa Catarina, os descendentes de eslavos habitam cidades próximas à fronteira com o Paraná, como São Bento do Sul e Mafra.




Ucranianos: Memorial do Parque Tingüi, Curitiba, Paraná - Foto: Iolita Cunha Grupo Folclórico Ucraniano Vesná,
Mafra, Santa Catarina - Foto: Iolita Cunha
Instalados desde 1911 na região de Castro, no Paraná, os holandeses conseguiram destaque com a industrialização de derivados do leite. Seus principais núcleos estão localizados em Carambei, Castrolândia e Arapoti, mas eles são poucos numerosos, assim como outras etnias de origem germânica, como austríacos e suíços.
Treze Tílias, em Santa Catarina, é uma exceção. A cidade é formada quase que exclusivamente por austríacos e seus descendentes, possui arquitetura típica e até um consulado daquele país.
Os povos anglo-saxões são representados pelos ingleses, que chegaram ao Paraná no início do século XX para a instalação de ferrovias na região norte do estado e deixaram alguns descendentes na região de Londrina.
Atualmente, os japoneses são os que mais imigraram para o Brasil. O início da sua entrada no país data de 1908, acentuando-se a partir de 1920 e depois da segunda guerra mundial. Destinaram-se inicialmente a fazendas de café no Norte do Paraná, mas depois espalharam também colônias no litoral, principalmente em Paranaguá, Morretes e Cacatu. Em Santa Catarina, 30 famílias de japoneses vivem no município de Frei Rogério, onde cultivam hortaliças e as tradições do seu país.
A reunião de todas estas etnias, ao longo dos séculos, compôs a alma do moderno habitante da Região Sul. Um ser humano ainda hoje pouco definido, multifacetado, que aos poucos vai criando uma identidade única, destacando a terra onde vivem no canário nacional. São eles os responsáveis diretos pela inquestionável diferença cultural, econômica e social existente entre a Região Sul e o restante do país, arautos e engrenagens propulsoras de um Brasil diferente.
Texto de Rogério Monteiro
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Um Brasil Diferente / Rogério Monteiro in Revista Mares do Sul, N.º 31, 49-50, Santa Catarina: Editora Mares do Sul.,abril/maio de 2000.
Os Ucranianos

Grupo Folclórico do Centro Brasileiro de Estudos Ucranianos de Curitiba
Quando se fala em imigrantes no Brasil, a primeira lembrança é a de portugueses, italianos, alemães ou japoneses, que realmente formam a maioria daqueles que, vindos de outras terras, aqui se estabeleceram, criaram raízes e muito ajudaram a fazer deste país uma nação. Mas acontece que, na realidade, esses povos são apenas uma parcela dos muitos que para aqui vieram trazendo sua força de trabalho, seus conhecimentos e sua cultura, e que, embora formando núcleos menos numerosos, fizeram do Brasil a sua pátria e têm retribuído com amor e trabalho a maneira como ele os recebeu.
Os ucranianos estabelecidos em sua grande maioria no Estado do Paraná, formam uma comunidade coesa que, apesar de composta atualmente, na sua quase totalidade, por brasileiros natos (mais de 90%), procura manter bem viva a lembrança, os costumes e a tradição de sua terra de origem, isto sem querer dizer que não sejam ativos participantes dos problemas comuns que a todos nós dizem respeito.
A chegada dos primeiros ucranianos ao Brasil é um fato que nunca ficou bem determinado, devido à total falta de documentação.
A maioria dos autores fixa o ano de 1895, quando chegou ao Paraná a primeira grande leva de colonos vindos da Galícia (na região de Lvov, próxima à fronteira com a Polônia), embora existam afirmações de grupos de ucranianos vindos para cá em 1871 e 1876.
No entanto, ao que se pode deduzir, esses colonos se diluíram entre os habitantes locais e deles só restam seus nomes de família
na lista de imigrantes eslavos, que encontra no arquivo da Ucrânia.

Nas horas de lazer, os lavradores deixam o campo e sse juntam para tocar músicas da pátria de origem.
Eles fabricam o próprio instrumento.

Os ucranianos chegaram ao Estado do Paraná em três etapas distintas:
A primeira, que data do final do século XIX, foi feita por lavradores que emigraram da Galícia e de Bukovina por razões sócio-econômicas; a
segunda se deu por questões políticas, quando, no início dos anos 20 (século XX), a Ucrânia Ocidental foi posta sob a soberania da Polônia, fato que ocasionou um grande êxodo de ucranianos para os países das Américas, vindo uma parte para o Paraná; e a terceira, que se constituiu no maior movimento emigratório ucraniano, aconteceu após a Segunda Guerra Mundial, quando mais de duzentos mil ucranianos vieram para países americanos, sendo que de novo foi o Paraná o Estado preferido por eles.
Pratos típicos ucranianos
Apesar de os censos oficiais serem incompletos, pois os ucranianos que aqui chegaram eram registrados nos portos de entrada como austríacos ou poloneses, de acordo com os passaportes fornecidos pelos governos de ocupação das suas regiões de
origem, calcula-se que o grupo étnico ucraniano é constituído de 200 mil pessoas, sendo que 78% delas vivem no Paraná.
Aí são encontradas comunidades ucranianas em Prudentópolis, onde elas constituem a maioria da população (cerca de 76%), Curitiba, Apucarana, Guarapuava, Dorizon, Ivaí, Irati, Ponta Grossa, Pato Branco, Pitanga, Roncador e União da Vitória, entre
outras. Na sua maioria, os imigrantes vindos para o Paraná dedicaram-se à agricultura. Experientes cultivadores do trigo foram
eles os primeiros a instalar no estado a indústria moageira. Mas não se restringiram a essa cultura, pois passaram a exercer atividades nos setores do cultivo do café, do algodão, da hortelã, etc. A outra parte, que não se dedicou à agricultura, voltou-se para diversas atividades industriais, destacando-se sobretudo no fabrico de móveis, em atividades empresariais, em
especialidades técnicas e no exercício de profissões liberais.


Ao longo dos cem anos de colonização no Estado do Paraná, os ucranianos foram os responsáveis pela implantação de novas lavouras e novos métodos de cultivo da terra.
Durante o período, houve uma progressiva integração com outros grupamentos étnicos, o que não impediu, no entanto, que os
costumes e tradições trazidos de
seu país de origem se mativessem intactos.

Grupos folclóricos da Igreja de Vila Guaíra, em Cutitiba.

Oriundos de um país rico em tradições artísticas, com um folclore dos mais admirados em toda a Europa, os ucranianos que aqui chegaram não poderiam fugir à herança cultural recebida de seus antepassados. E, à proporção que o novo modo de vida e as circunstâncias o foram permitindo, eles reviveram essas tradições, dando novo colorido à já rica cultura popular da terra que escolheram como sua.
As danças e as canções populares ucranianas têm origem geralmente nas manifestações de antigos cultos religiosos, particularmente nos ligados às manifestações da natureza. A dança revela tendências para o espaço, intimamente ligada às vastas planícies do país. Elas se caracterizam pelo ritmo cheio de vida, de coragem e de confiança, extravasando uma alegria exuberante. Quanto às canções, apresentam-se como uma manifestação perfeita da continuidade da vida nacional desde os tempos pré-históricos, pagãos, até o momento presente.


A Igreja Católica - tanto a
Romana quanto a Ortodoxa -
teve importante papel na colonização ucraniana.
Em torno das igrejas e sob a liderança dos padres, as cidades foram sendo construídas, as
lavouras desenvolveram-se e superados os obstáculos.

Mas, com certeza, o que melhor ilustra os sentimentos ucranianos para a beleza e forma é a pessanka – a arte de colorir ovos pascais. É a professora Eugênia Mazepa, da secretaria do Estado do Paraná, que nos fala dessa antiga manifestação da arte ucraniana.
A pessanka, palavra derivada do verbo pessaty (escrever), data dos tempos do paganismo. Simboliza o renascimento da terra na primavera, com sua promessa de boas-novas. Com o advento do cristianismo, ela passou a simbolizar a Ressurreição – promessa
de um mundo melhor e mais feliz.
Cada região da Ucrânia tem seus desenhos básicos para a pessanka, bem como símbolos e o seu significado, que variam de
aldeia para aldeia. No entanto, nunca duas pessanky são idênticas. Elas podem ter vários significados, como por exemplo, um
sinal de amor de quem presenteia, ou um poder curativo, ou ainda o poder de proteger uma casa contra o fogo e a destruição.
Mas, na maioria dos casos, ela é considerada uma espécie de talismã ou amuleto. Talvez uma das razões que propiciaram o
sucesso dos ucranianos nas terras brasileiras.

Aula de pessanka na casa da família Mazepa. Foto de Jorge Serathiuk
Os estudos sobre a vinda dos Ucranianos para o Brasil, contidos no livro “Os Ucranianos” de Oksana Boruszenko, professora da Universidade Federal do Paraná e descendente de ucranianos, muito ajudaram ao autor a fazer esta reportagem.
Texto de Tarlis Batista
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Paraná: Viagem à Terra dos Ucranianos / Tarlis Batista in Revista Geográfica Universal, N.º 134, 29-35, Rio de Janeiro: Bloch Editores S.A.,Janeiro de 1986.
Fotos: Sérgio de Souza
Foto da Aula de pessanka: Jorge Serathiuk

Raça e Etnia

Raça e Etnia

Ao se falar de raça e etnia muitas pessoas demonstram total falta de base teórica ou então idéias distorcidas sobre a questão, hoje é sabido que do ponto de vista biológico todas as idéias de racialização humana cairam por terra, não existem raças humanas, mas apenas a espécie (raça humana), porém a construção social feita a partir destas idéias permanece no imaginário popular e principalmente os efeitos nefastos de todas estas hoje sabidamente equivocadas idéias na vida de milhões e milhões de pessoas ao redor do mundo, em especial nos reportamos ao Brasil. Para eliminar os efeitos destas idéias equivocadas é preciso porém antes, conhecer como foi realmente montada a idéia de raça e seus conceitos. Hoje nos remetemos as questões étnicas ( povos), a discussão de raça não faz mais sentido a não ser do ponto de vista dos seus efeitos na construção social.
RAÇA
A primeira classificação dos homens em raças foi a “Nouvelle division de la terre par les différents espèces ou races qui l'habitent” ("Nova divisão da terra pelas diferentes espécies ou raças que a habitam") de François Bernier, publicada em 1684.
Carolus Linnaeus (1758) inventor da taxinomia e criador da classificação Homo Sapiens, reconheceu quatro variedades do homem - Americano (Homo sapiens americanus: vermelho, mau temperamento, subjugável), Europeu (europaeus : branco, sério, forte), Asiatico (Homo sapiens asiaticus: Amarelo, melancólico, ganancioso), e Africano (Homo sapiens afer : preto, impassivel, preguiçoso). Linnaeus reconheceu também uma quinta raça não-geográficamente definida , a Monstruosa (Homo sapiens monstrosus), compreendida por uma diversidade de tipos reais (por exemplo, Patagônios da America do Sul, Flatheads canadenses) e outros imaginados que não caberiam em nenhuma das quatro categorias "normais" (segundo a visão racista de Linnaeus que não apenas criou a classificação como atribuiu a cada uma características físicas e morais, o individuos mestiçados poderiam talvez ser então classificados nesta última categoria) .
O sucessor de Linnaeus', J. F. Blumenbach, primeiramente em 1775 reconheceu "quatro variedades da humanidade:" 1) Europa, Ásia ocidental, e parte de America do Norte; 2) Ásia do leste e Austrália; 3) África; e 4) o resto do novo mundo. A visão de Blumenbach continuo a evoluir, em 1795 dando origem a cinco variedades, Caucasiano, Mongol, Etíope, Americano, e Malaio, diferindo do agrupamento anterior onde os esquimós passaram a ser classificados com os Asiaticos do leste.
Neste sentido, as coisas ficaram estáticas até 1962, o ano em Carleton Coon publicou "A origem das raças". Lá Coon, um antropólogo físico, dividiu a humanidade em cinco raças (ou subspecies): Caucasoide, Mongoloide, Australoide, Congoide (Negroide), e Capoide(Africa Meridional até filipinas).
Segundo Dobzhansky (1970), esta visão conduziu à absurdos como quando os siblings (pessoas com síndrome de Down) foram categorizados em tipo racial (mongolóide) diferentes de ambos seus pais . De uma perspectiva social, este problema (indivíduos surgidos da mistura de raças) foi resolvido tipicamente empregando o conceito de Marvin Harris a hipodescendencia, isto é, a criança de tal união pertence a raça biológica ou socialmente inferior: "o cruzamento entre um branco e um indio é um indio; o cruzamento entre um branco e um negro é um negro; o cruzamento entre um branco e um hindu é um hindu; e o cruzamento entre alguém de raça européia e um judeu é um judeu." (Grant, The Passing of the Great Race, 1916). Em algumas países, uma regra de 1/8 ou 1/16 foi estabelecida a fim determinar a identidade racial apropriada de indivíduos oriundos de mistura de raças. Sob estas regras, se o indivíduo for, pelas linhas da descendência, 1/8 ou somente 1/16 de negro (preto uniforme) , o indivíduo é também negro.

ETNIA
Uma etnia ou grupo étnico é em um sentido amplo uma comunidade humana definida por afinidades linguísticas, culturais e genéticas. Estas comunidades comumente reclamam para sí uma estrutura social, política e um território. Etnia se usa a vêzes erroneamente como un eufemismo para raça, ou como um sinônimo para grupo minoritário.
Raça é um conceito que tem sido associado ao de etnia. Porém etnia compreende os fatores culturais (nacionalidade, afiliacão tribal, religiosa,língua ou tradições) e biológicos de um grupo humano, raça específicamente alude aos fatores morfológicos distintivos desses grupos humanos (cor de pele, compleição física, estatura, traço faciais, etc.) desenvolvidos em seu processo de adaptacão a determinado espaço geográfico e ecossistema (clima, altitude, flora, fauna, etc.) ao largo de várias gerações.
Históricamente, a palavra "etnia" significa "gentio", proveniente do adjetivo grego "ethnikos." O adjetivo se deriva do substantivo ethnos, que significa gente ou nacão estrangeira. O sustantivo deixou de estar relacionado com “Pagão” em princípios do sec. XVIII. O uso do moderno sentido da palavra começou na metade do sec. XX.
A Língua
A língua tem sido utilizada como primero fator classificador dos grupos étnicos, sem dúvida esta ferramenta não tem estado estado isenta de manipulacão política ou erro. Se deve assinalar que existe grande número de línguas multi-étnicas e determinadas etnias são multi-língues
A Cultura
A delimitacão cultural de um grupo étnico com respeito aos grupos culturais de fronteira, se faz dificultosa para o etnólogo em especial no tocante a grupos humanos altamente comunicados com grupos vizinhos. Elie Kedourie é talvez o autor que mais tenha aprofundado a análise das diferenças entre etnias e culturas . Geralmente se percebe que os grupos étnicos compartilham uma origem comum , e exibem uma continuidade no tempo, apresentam uma nocão de história em comum e projetam um futuro como povo. Isto se alcança através da transmissão de geração em geração de uma linguagem comum, intituições, valores e algumas tradicões. Se bem que em determinadas culturas se mesclam os fatores étnicos e os políticos, não é imprescindível que um grupo étnico conte com instituições próprias de governo para ser considerada como tal. A soberania portanto não é definidora da etnia, mas se admite a necessidade de uma certa projeção social comum.
A Genética
É importante considerar a genética dos grupos étnicos se devemos distingui-los de um grupo de individuos que compartilham únicamente características culturais. As etnias geralmente se remetem a mitos de fundacão que revelam uma nocão de parentesco mais ou menos remoto entre seus membros. A genética atual tende a verificar a existencia dessa relacão genética, porém as provas estão sujeitas a discussão, refrência é Lucca Cavalli-Sforza.
Grupos étnicos
Os membros de grupos étnicos costumam conceber a sua identidade como algo que está fora da história do estado-nação – quer como alternativa histórica, quer em termos não-históricos, quer em termos de uma ligação a outro estado-nação. Esta identidade expressa-se muitas vezes através de "tradições" variadas que, embora sejam frequentemente invenções recentes, apelam a uma certa noção de passado.




Ao se falar de raça e etnia muitas pessoas demonstram total falta de base teórica ou então idéias distorcidas sobre a questão, hoje é sabido que do ponto de vista biológico todas as idéias de racialização humana cairam por terra, não existem raças humanas, mas apenas a espécie (raça humana), porém a construção social feita a partir destas idéias permanece no imaginário popular e principalmente os efeitos nefastos de todas estas hoje sabidamente equivocadas idéias na vida de milhões e milhões de pessoas ao redor do mundo, em especial nos reportamos ao Brasil. Para eliminar os efeitos destas idéias equivocadas é preciso porém antes, conhecer como foi realmente montada a idéia de raça e seus conceitos. Hoje nos remetemos as questões étnicas ( povos), a discussão de raça não faz mais sentido a não ser do ponto de vista dos seus efeitos na construção social.
RAÇA
A primeira classificação dos homens em raças foi a “Nouvelle division de la terre par les différents espèces ou races qui l'habitent” ("Nova divisão da terra pelas diferentes espécies ou raças que a habitam") de François Bernier, publicada em 1684.
Carolus Linnaeus (1758) inventor da taxinomia e criador da classificação Homo Sapiens, reconheceu quatro variedades do homem - Americano (Homo sapiens americanus: vermelho, mau temperamento, subjugável), Europeu (europaeus : branco, sério, forte), Asiatico (Homo sapiens asiaticus: Amarelo, melancólico, ganancioso), e Africano (Homo sapiens afer : preto, impassivel, preguiçoso). Linnaeus reconheceu também uma quinta raça não-geográficamente definida , a Monstruosa (Homo sapiens monstrosus), compreendida por uma diversidade de tipos reais (por exemplo, Patagônios da America do Sul, Flatheads canadenses) e outros imaginados que não caberiam em nenhuma das quatro categorias "normais" (segundo a visão racista de Linnaeus que não apenas criou a classificação como atribuiu a cada uma características físicas e morais, o individuos mestiçados poderiam talvez ser então classificados nesta última categoria) .
O sucessor de Linnaeus', J. F. Blumenbach, primeiramente em 1775 reconheceu "quatro variedades da humanidade:" 1) Europa, Ásia ocidental, e parte de America do Norte; 2) Ásia do leste e Austrália; 3) África; e 4) o resto do novo mundo. A visão de Blumenbach continuo a evoluir, em 1795 dando origem a cinco variedades, Caucasiano, Mongol, Etíope, Americano, e Malaio, diferindo do agrupamento anterior onde os esquimós passaram a ser classificados com os Asiaticos do leste.
Neste sentido, as coisas ficaram estáticas até 1962, o ano em Carleton Coon publicou "A origem das raças". Lá Coon, um antropólogo físico, dividiu a humanidade em cinco raças (ou subspecies): Caucasoide, Mongoloide, Australoide, Congoide (Negroide), e Capoide(Africa Meridional até filipinas).
Segundo Dobzhansky (1970), esta visão conduziu à absurdos como quando os siblings (pessoas com síndrome de Down) foram categorizados em tipo racial (mongolóide) diferentes de ambos seus pais . De uma perspectiva social, este problema (indivíduos surgidos da mistura de raças) foi resolvido tipicamente empregando o conceito de Marvin Harris a hipodescendencia, isto é, a criança de tal união pertence a raça biológica ou socialmente inferior: "o cruzamento entre um branco e um indio é um indio; o cruzamento entre um branco e um negro é um negro; o cruzamento entre um branco e um hindu é um hindu; e o cruzamento entre alguém de raça européia e um judeu é um judeu." (Grant, The Passing of the Great Race, 1916). Em algumas países, uma regra de 1/8 ou 1/16 foi estabelecida a fim determinar a identidade racial apropriada de indivíduos oriundos de mistura de raças. Sob estas regras, se o indivíduo for, pelas linhas da descendência, 1/8 ou somente 1/16 de negro (preto uniforme) , o indivíduo é também negro.

ETNIA
Uma etnia ou grupo étnico é em um sentido amplo uma comunidade humana definida por afinidades linguísticas, culturais e genéticas. Estas comunidades comumente reclamam para sí uma estrutura social, política e um território. Etnia se usa a vêzes erroneamente como un eufemismo para raça, ou como um sinônimo para grupo minoritário.
Raça é um conceito que tem sido associado ao de etnia. Porém etnia compreende os fatores culturais (nacionalidade, afiliacão tribal, religiosa,língua ou tradições) e biológicos de um grupo humano, raça específicamente alude aos fatores morfológicos distintivos desses grupos humanos (cor de pele, compleição física, estatura, traço faciais, etc.) desenvolvidos em seu processo de adaptacão a determinado espaço geográfico e ecossistema (clima, altitude, flora, fauna, etc.) ao largo de várias gerações.
Históricamente, a palavra "etnia" significa "gentio", proveniente do adjetivo grego "ethnikos." O adjetivo se deriva do substantivo ethnos, que significa gente ou nacão estrangeira. O sustantivo deixou de estar relacionado com “Pagão” em princípios do sec. XVIII. O uso do moderno sentido da palavra começou na metade do sec. XX.
A Língua
A língua tem sido utilizada como primero fator classificador dos grupos étnicos, sem dúvida esta ferramenta não tem estado estado isenta de manipulacão política ou erro. Se deve assinalar que existe grande número de línguas multi-étnicas e determinadas etnias são multi-língues
A Cultura
A delimitacão cultural de um grupo étnico com respeito aos grupos culturais de fronteira, se faz dificultosa para o etnólogo em especial no tocante a grupos humanos altamente comunicados com grupos vizinhos. Elie Kedourie é talvez o autor que mais tenha aprofundado a análise das diferenças entre etnias e culturas . Geralmente se percebe que os grupos étnicos compartilham uma origem comum , e exibem uma continuidade no tempo, apresentam uma nocão de história em comum e projetam um futuro como povo. Isto se alcança através da transmissão de geração em geração de uma linguagem comum, intituições, valores e algumas tradicões. Se bem que em determinadas culturas se mesclam os fatores étnicos e os políticos, não é imprescindível que um grupo étnico conte com instituições próprias de governo para ser considerada como tal. A soberania portanto não é definidora da etnia, mas se admite a necessidade de uma certa projeção social comum.
A Genética
É importante considerar a genética dos grupos étnicos se devemos distingui-los de um grupo de individuos que compartilham únicamente características culturais. As etnias geralmente se remetem a mitos de fundacão que revelam uma nocão de parentesco mais ou menos remoto entre seus membros. A genética atual tende a verificar a existencia dessa relacão genética, porém as provas estão sujeitas a discussão, refrência é Lucca Cavalli-Sforza.
Grupos étnicos
Os membros de grupos étnicos costumam conceber a sua identidade como algo que está fora da história do estado-nação – quer como alternativa histórica, quer em termos não-históricos, quer em termos de uma ligação a outro estado-nação. Esta identidade expressa-se muitas vezes através de "tradições" variadas que, embora sejam frequentemente invenções recentes, apelam a uma certa noção de passado.

Projeto de Leitura

O projeto leitura em casa, quer te levar para o mundo da leitura, através de visita em sua casa, com todos os cuidados possíveis. O ambiente familiar e as experiências que a criança vive em seu dia a dia têm grande influência no seu desenvolvimento. Isso é verdade também no que diz respeito à leitura: o hábito de ler em família ajuda no desempenho escolar durante a infância, contribuindo para a aprendizagem ao longo da vida. E para isso o Sarau da Tia Mila veio para reunir as famílias, para uns únicos momentos de suas vidas, pois vocês pais irão poder sentar com os seus filhos para ler.

E nesse momento de epidemia, o Sarau da Tia Mila tem como objetivos de conquistar novos leitores, pois quem lê se torna mais participativo, e nos faz nos colocar no lugar do outro. E quem lê tem mais facilidade de compartilhar conhecimento de forma ampla

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